Beneficência Portuguesa reafirma lusitanidade comemorando os 45 anos da Revolução dos Cravos

A Sociedade Portuguesa de Beneficência, uma casa de origem portuguesa com certeza, realiza pelo segundo ano consecutivo, evento em comemoração à data (25 de abril de 1974) considerada o início da Democracia em Portugal, a partir da Revolução dos Cravos.

A solenidade em comemoração aos 45 anos da Revolução dos Cravos, movimento realizado em 25 de Abril de 1974, marco que deu início à democracia portuguesa, será realizada nesta quinta-feira (25), às 19h, no Salão Nobre do Hospital Santo Antônio (Av. Bernardino de Campos, 47), com a participação de representantes de entidades portuguesas da Cidade e região.

O presidente da Beneficência Portuguesa, Ademir Pestana explica que objetivo do evento é além de enaltecer a lusitanidade, reavivar na memória, bem como passar às novas gerações a importância da luta pela democracia e manutenção dessa conquista, e ainda, rememorar a Revolução dos Cravos, movimento que embora ainda suscite pontos de vista diferentes em parcela da sociedade portuguesa, indiscutivelmente marcou um grande salto no desenvolvimento econômico e social do país.

A abertura do evento será com a saudação do escritor e historiador Flávio Viegas Amoreira, seguida do diálogo “Prosa Poética” a cargo das atrizes e poetisas portuguesa e santista respectivamente, Teresa Teixeira e Regina Alonso. Participarão da solenidade também, autoridades portuguesas no Brasil e a parte musical estará a cargo do Orfeão do Centro Cultural Português de Santos, responsável pela execução da canção “Grândola Vila Morena”, de Zeca Afonso, música censurada pela ditadura, considerada o hino da democracia portuguesa e ainda, apresentação do jovem fadista de Itanhaém, Adinan Marques.

Ao final do evento, a exaltação à Lusitanidade pelo presidente da Beneficência, Ademir Pestana, seguida de degustação de dois petiscos típicos da culinária portuguesa, um deles criado pelo chefe de cozinha do Serviço de Nutrição e Dietética da Beneficência Portuguesa, o sergipano José Nascimento, o “Patê de Abril em 3 Tempos” (representando os três avisos à população, via Rádio, sobre o desenrolar da Revolução dos Cravos e a deposição do ditador Marcelo Caetano) e o bolinho de bacalhau à moda Benê.

A Revolução dos Cravos, um dos mais importantes acontecimentos históricos da década de 70 foi marcada pela música e pela união dos cidadãos comuns (civis) com os militares. Os portugueses não suportavam mais as consequências da ditadura que durava mais de quatro décadas, e com apoio das Forças Armadas iniciaram as manifestações. Praticamente sem violência (historiadores apontam 4 mortos) aos 20 minutos de 25 de abril de 1974, através de uma emissora de rádio, uma senha, levou o povo às ruas de Lisboa, onde ao final do dia o golpe militar com apoio do povo dava início a instalação da Democracia Portuguesa.

Confira texto assinado pelo presidente da instituição, Ademir Pestana, publicado na edição de hoje do Jornal A Tribuna: http://bit.ly/2ISnPYN