Hipertensão: silenciosa e fatal

Dia 7 de Abril – Dia Mundial da Hipertensão.

Hipertensão: silenciosa e fatal

Como-medir-a-pressão-arterial-hipertensaoA hipertensão, também conhecida como pressão alta é uma doença crônica, silenciosa e fatal. Ela é uma das principais causas de diversas doenças. Embora não tenha cura, pode ser controlada e tratada, evitando-se, assim, complicações e doenças fatais.

Os principais órgãos do corpo sofrem com a hipertensão e apresentam desgastes semelhantes a uma aceleração do envelhecimento. Assim hipertensos que não fazem o controle adequado têm maiores chances de apresentar doenças fatais ou incapacitantes do coração (angina, infarto, insuficiência cardíaca, hipertrofia, arritmias), do cérebro (derrames, tromboses, demência), dos rins (insuficiência renal, necessidade de diálise), das artérias (entupimento arterial, aneurismas), dos olhos (cegueira, queda de acuidade visual) entre outras.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), anualmente, a hipertensão é responsável pela morte de 9,4 milhões de pessoas no mundo e é responsável por 45% dos ataques cardíacos e 51% dos derrames cerebrais.

Para uma melhor compreensão sobre a gravidade da doença, a Agência Sanitária das Nações Unidas, na expectativa de conscientizar a população mundial sobre os riscos da hipertensão, lembrou que, no mundo, doenças cardiovasculares matam anualmente 17 milhões de pessoas, destacando que deste total, 9,4 milhões de óbitos estão ligados à pressão alta.

Dr. Álvaro Norberto Valentim da SilvaNa entrevista com o médico do trabalho, da Sociedade Portuguesa de Beneficência (SPB), Dr. Álvaro Norberto Valentim da Silva (foto), uma síntese da importância de se dar à hipertensão, a devida atenção diante da gravidade que ela representa.

SPB – Quando uma pessoa é considerada hipertensa?
ANVS – Quando a aferição de pressão arterial seja superior a 140×90 mmhg, mas, a Associação Americana de Cardiologia diz que acima de 120x80mmhg já se deve considerar a pessoa hipertensa e ter todos os cuidados cabíveis para o seu tratamento. Tudo vai depender de uma série de fatores como idade, sexo, cor, peso, altura, atividade laboral, doenças existentes, e outros menores.

SPB- Quais as causas da hipertensão?
ANVS – A grande parte é dita idiopática, mas podemos ter causas renais, diabetes, estresse, questões de familiaridade que aumentam a possibilidade de se ter a doença, obesidade e outras.

SPB – Quais as consequências da hipertensão?
ANVS – Em primeiro momento ela vai atacar seu coração, fazendo-o trabalhar mais e com isso aumentar o seu volume, depois tem outros órgãos como alvo: pulmões, cérebro, visão, rins, circulação de membros inferiores (varizes).

SPB – Quais os fatores de risco para a hipertensão?
ANVS – Sedentarismo, obesidade, estresse, doenças pré-existentes são as principais.

SPB – Dicas de prevenção?
ANVS – Atividade física sempre manter-se dentro do peso estimado ideal para você, evitar o excesso de sal na dieta.

SPB – Crianças podem ser hipertensas? Por quê?
ANVS – Sim, pelos mesmos motivos que os adultos em geral.

Dr. Álvaro Norberto, atual presidente do Sindicato dos Médicos de Santos, ressalta que não basta tomar remédios para resolver o problema de pressão alta. É preciso também, algumas mudanças no estilo de vida, a começar pela moderação do sal nos alimentos, a adoção de dieta rica em frutas, cereais integrais e laticínios com baixo teor de gordura.

Devemos todos ficar atentos às principais causas da hipertensão (fatores que influenciam o aparecimento da doença). A literatura médica aponta que a maioria dos casos da hipertensão é de causa genética (herdados dos pais), porém existem vários fatores que influenciam seu aparecimento, conforme citado pelo médico e aqui elencado para memorização dos interessados em controlar a pressão arterial para uma vida saudável:
– Alcoolismo
– Consumo elevado de sal;
– Estresse;
– Níveis elevados de colesterol;
–  Obesidade (peso muito acima do normal)
– Sedentarismo (falta ou pouca atividade física);
– Tabagismo

Fotos: Divulgação
Assessoria de Imprensa – Sociedade Portuguesa de Beneficência