“Drogas – mal que afeta famílias e consequentemente a sociedade”

“Drogas – mal que afeta famílias e consequentemente a sociedade”

Não restam dúvidas que as drogas lícitas e as ilícitas marcarão o século XXI, como os grandes inibidores do processo evolutivo dos ser humano, independentemente de toda a tecnologia colocada à disposição para novas descobertas e novas opções para a busca de vida saudável.

aberturaA palestra “Drogas – mal que afeta famílias e consequentemente a sociedade” ministrada pelo psicólogo Eustázio Alves Pereira Filho, na manhã desta quinta-feira (27), desnudou conceitos arraigados sobre a resistência de se discutir o assunto com filhos, amigos, colegas de trabalho, enfim com pessoas que nos são caras.

Na palestra, o psicólogo deixa claro que “quem é feliz não usa drogas” e que a Organização Mundial da Saúde (OMS) ampliou o conceito de saúde, englobando aspectos físicos, ´psíquicos e espirituais; abordou a importância da família na interação e na formação dos jovens, enfatizando tópicos bíblicos que especificam que felicidade é a capacidade de superação e que não há necessidade do uso de drogas para superar obstáculos.

Reafirmando que o conhecimento faz a diferença para nossas escolhas, para as quais temos o livre arbítrio, Eustázio Pereira lembrou a todos que nosso organismo fornece as drogas que necessitamos para uma vida saudável e feliz e que é preciso estarmos atentos às predisposições às drogas, começando pelas lícitas, como o álcool e o tabaco.

O caminho das drogas,(toda substância natural ou sintética) é demolidor não apenas para o usuário, mas também para quem o cerca, especialmente a família. Nesse aspecto, o palestrante foi enfático: “Toda droga introduzida no organismo, altera suas funções e isso não é uma questão de leis e sim de conceitos que precisam ser trabalhados” , lembrando que a família é o espelho das crianças e dos jovens.

“O álcool escancara as portas e ele é encontrado em casa. Recente pesquisa da Unifesp aponta que 4 em 10 crianças, começam a beber entre 10 e 12 anos de idade e a bebida estava à mão dentro de suas casas” disse Eustázio, alertando especialmente aos pais para os sintomas que apontam para o vício. Falou também sobre o uso das drogas ilícitas, entre elas, maconha, cocaína, LSD, haxixe, crack, ecstasy e solventes, que afetam o funcionamento do cérebro e de quanto o mercado de drogas se assemelham ao de armas, rentável para quem vende e prejudicial para quem usa.

Explicou ainda, o efeito de algumas drogas seu processo de dependência mostrando que o crack em poucos segundos faz efeito devastador no organismo e no cérebro do usuário, lembrando que nos anos 1960 iniciou-se uma campanha pelo tabaco e hoje é pela maconha e que o Brasil não foi a favor da liberação da maconha para uso medicinal, ressaltando que toda droga é nociva e o que a difere é a dosagem em termos medicinais, alertando para \ necessidade de se manter sólido o tripé apresentado pela Organização Mundial da Saúde, como a busca para uma vida saudável (e a partir de suas escolhas): organização, disciplina e espiritualidade, fatores primordiais para uma existência saudável.

Eustázio Alves Pereira Filho, nascido no Rio de Janeiro é vice-prefeito de Santos, onde reside desde 1965, presidente da Capep, professor, psicólogo, ex-presidente do Comad – Conselho Municipal Antidrogas, tem no curriculo várias conferências sobre comportamento e controle das compulsões pós modernas e diversos trabalhos voltados ao tratamento e recuperação de usuários de drogas.

A palestra realizada faz parte da ação da Administração do complexo hospitalar, na expectativa de colaborar para com a saúde, conhecimento e atualização, e consequentemente qualidade de vida dos funcionários, e integra a programação conjunta da campanha Novembro Azul desenvolvida pela Secretaria de Saúde de Santos.

 

(Fotos: Divulgação/SPB)