Santos perde uma referência cultural

A morte da escritora, poeta e biógrafa Edith Pires Gonçalves Dias, deixa uma lacuna na área cultural. Conhecida como a Dama de Santos, completaria 103 anos no próximo dia 6 de julho, Edith faleceu em sua residência no dia de ontem (17) e o velório está acontecendo na tarde desta sexta-feira (18), na Memorial Necrópole Ecumênica de Santos, onde às 18h, acontece a cerimônia de cremação.

Caçula de 12 irmãos, Edith, que, nascida na capital (São Paulo) veio para Santos com a família, ainda em tenra idade e por anos residiu no casarão branco (uma das referências arquitetônicas da cidade) sede da Pinacoteca Benedicto Calixto, na Av. Bartolomeu de Gusmão, no Boqueirão, teve uma vida dedicada à filantropia atuando como voluntária em diversas instituições, uma delas a Sociedade Espírita Anjo da Guarda, e à cultura com atuação em outras tantas entidades, inclusive na luta pela preservação do patrimônio histórico e cultural de Santos.

Sempre presente nas atividades culturais desenvolvidas na Beneficência Portuguesa, Edith Pires, foi assídua participante do “Café Poético”, evento anual realizado pelo hospital durante a Semana Martins Fontes, em homenagem ao médico e poeta santista José Martins Fontes, considerado o melhor poeta de sua geração na lusofonia e um dos dez melhores na língua portuguesa.

Uma das obras da escritora “Vivendo Martins Fontes”, teve a 2ª edição (2007) patrocinada pela Beneficência, onde o médico poeta trabalhou.

Ademir Pestana, presidente da Beneficência Portuguesa, recebendo Edith Pires em uma das edições do “Café Poético”

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